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dois tempos: paisagem

  • acaosemear
  • 27 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jul. de 2020

Por Federica Linares e Luisa Linden


"Essa noite eu tive um sonho de sonhador

Maluco que sou, eu sonhei

Com o dia em que a Terra parou

Com o dia em que a Terra parou


Foi assim

No dia em que todas as pessoas

Do planeta inteiro

Resolveram que ninguém ia sair de casa

Como que se fosse combinado em todo o planeta

Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém" (SEIXAS, 1977)




… A ameaça invisível do coronavírus, pôs em perspectiva a nossa própria condição de existência, e com ela as nossas prioridades. É urgente a necessidade de reduzir os impactos ao meio ambiente. É urgente rever o sistema que propaga a desigualdade social. É urgente repensar o espaço público.

São tempos difíceis, mas decisivos. Observamos todos os dias uma mobilização global que trabalha incessantemente por soluções. Talvez seja exatamente essa postura de “comunidade em ação” que devemos incluir nos nossos próximos planejamentos.


Dessa forma, acreditamos que o exercício projetual de 2020 já se tornou outro, não se trata tanto da aplicação da técnica mas, sobretudo, de observar a própria transformação. O maior desafio de hoje é, sem dúvida, compreender e incluir, no escopo do desenho, as novas formas de exercer e reivindicar arquitetura. Acreditamos que ao assumir a incerteza do contexto como uma oportunidade para revisar territórios (enquanto corpo e cidade) poderemos auxiliar a re-territorialização do espaço urbano.



"Essa noite eu tive um sonho de sonhador

Maluco que sou, eu sonhei

Com o dia em que a Terra parou

Com o dia em que a Terra parou


Foi assim

No dia em que todas as pessoas

Do planeta inteiro

Resolveram que ninguém ia sair de casa

Como que se fosse combinado em todo o planeta

Naquele dia, ninguém saiu de casa, ninguém


O empregado não saiu pro seu trabalho

Pois sabia que o patrão também não 'tava lá

Dona de casa não saiu pra comprar pão

Pois sabia que o padeiro também não 'tava lá"

(SEIXAS, 1977)


Se estes episódios de calamidade sanitária fossem mais recorrentes, será que essa realidade seria outra? Quais seriam as prioridades do planejamento urbano? Certamente, existiria uma maior preocupação com estes espaços. Sem dúvida, olhar para o espaço público urbano nunca foi tão urgente quanto agora.


Dessa forma, a proposta é de cunho estrutural: um projeto-piloto que repensa uma praça do bairro da Estácio sob a perspectiva das (presentes ou eventuais) crises sanitárias, oferecendo soluções passíveis de adaptação em outros recortes da cidade.


A intenção é potencializar a praça enquanto infraestrutura urbana, respondendo tanto à necessidade de requalificação do espaço, quando à de reestruturação alinhada com as novas necessidades sanitárias. A intenção é potencializar a praça enquanto infraestrutura urbana para permitir a mesma eficiência em todos os tempos considerados e consequentemente amenizar os problemas (sobretudo aqueles que afetam os agentes constantes do trânsito) enfrentados hoje pelo fechamento dos espaços públicos.




O projeto trata da própria paisagem em transformação; de estratégias e soluções de planejamento urbano, mas sobretudo de nós mesmos que nos encontramos incertos nesses muitos tempos.




 
 
 

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